Os Descobrimentos Portugueses
Este blog é o resultado de um trabalho de pesquisa para a disciplina de História. Nele estão retratados vários assuntos da época dos Descobrimentos, desde o que levou os portugueses a aventurarem-se «por mares nunca dantes navegados», até aos instrumentos naúticos e novas técnicas de navegação, não esquecendo os navegadores, as grandes conquistas e as novas rotas comerciais.
segunda-feira, 28 de março de 2011
domingo, 27 de março de 2011
EXPLORAÇÃO ECONÓMICA DA COSTA AFRICANA
As primeiras viagens marítimas ao longo do litoral africana foram de cabotagem, isto é, sem perder de vista a linha de costa, não exigindo, o avanço para Sul impôs aos navegadores o estudo dos ventos e das correntes.
O primeiro gande obstáculo que os pilotos portugueses tiveram de superar foi o Cabo Bojador que, na época, representava o limite sul dos mares conhecidos pelos Europeus.
Depois de várias tentativas, Gil Eanes consegue, em 1434, transpor este cabo e acaba com os mitos e lendas que circulavam sobre o "fim do mundo" e a presença de mostros fantásticos nessas águas.
Poucos anos passados, os marinheiros chegaram ao Cabo Branco e a uma zona costeira bastante povoada e fértil, onde finalmente encontram ouro e escravos.
Em 1460, ano em que morreu o infante D.Henrique, os marinheiros portugueses já tinham descoberto as ilhas de Cabo Verde e a expansão chegara à Guiné e à Serra Leoa.
Para facilitar o comércio na costa ocidental africana, os Portugueses estableceram uma feitoria na ilha de Arguim. Era nesta feitoria que trocavam os produtos de Portugal, panos, trigo e cobre, por mercadorias africanas, malagueta, marfim, escravos e ouro.
AS NOVAS ROTAS DO COMÉRCIO INTERCONTINENTAL
O conhecimento de novos continentes e mares proporcionou aos Portugueses e aos Espanhóis a abertura de novas rotas marítimas, que transformaram o comércio e o quotidiano de muitas populações por todo o Mundo.
Nos séculos XV e XVI, o comércio intercontinental proporcionou aos Europeus o conhecimento de produtos, até aí desconhecidos ou raros, popularizando o seu consumo e permitiu, também, o contacto de vários povos e raças.Neste período, as principais rotas do comércio à escala mundial eram:
- a rota do Cabo - fazia a ligação, por mar, entre a Europa e a Ásia, contornando a África. Através dela, os navios transportavam especiarias e mercadorias orientais de luxo.
A CONQUISTA DE CEUTA (1415)
A conquista da cidade de Ceuta, em 1415, marcou o início da expanção portuguesa.
Razões que motivaram a conquista de Ceuta:
Resultados da conquista da Cidade de Ceuta:
Razões que motivaram a conquista de Ceuta:
- Em Ceuta existia uma base de pirataria muçulmana que atacava as costas do Algarve.
- Se conquistasse-mos esta cidade, podía-mos contrular as entradas e saídas do Mediterrâneo.
- Em Ceuta existiam ricos campos de trigo(e cá havia falta de cereais).
- Ceuta era o ponto de chegada das rotas caravaneiras muçulmanas que tarziam ouro, especiarias e peodutos de luxo.
Resultados da conquista da Cidade de Ceuta:
- Vitória militar.
- Fracasso económico: os muçulmanos incêndiaram os campos de trigo, desviaram as rotas comerciais e estavam constantemente a atacar as cidades.
FORMAS DE COLONIZAÇÃO DO BRASIL E PRODUTOS EXPORTADOS
O Brasil era, à data da sua descoberta, em 1500, um território com densa floresta, povoado por Índios (os ameríndios), organizados em tribos seminómadas que se dedicavam a uma agricultura muito rudimentar, à caça, à pesca e à recolecção.
Inicialmente, a Coroa revelou pouco interesse pela colonização brasileira, arrendando a exploração da costa a um particular, Fernão de Noronha.
O pau-brasil (usado em tinturaria) e os animais exóticos constituíram os primeiros produtos comercializados para a Europa.
O pau-brasil (usado em tinturaria) e os animais exóticos constituíram os primeiros produtos comercializados para a Europa.
Pau-brasil
A colonização ordenada do Brasil começa em 1534, com a divisão do território em quinze capitanias, que eram vastas faixas de terra entregues, hereditariamente, a capitães-donatários.
Com amplos poderes administrativos e judiciais, os capitães-donatários tinham o dever de promover o povoamento e aproveitamento económico dos seus domínios.
Mas, este sistema de capitanias revelava fragilidades, das quais destacamos:
- falta de recursos materiais e humanos;
- as rivalidades entre os capitães-donatários;
- os ataques frequentes dos Índios, dos Holandeses e dos Franceses.
Todos estes problemas e, mais tarde, a crise que o Império Português do Oriente vai atravessar tornaram urgente a exploração organizada das riquezas brasileiras e uma viragem dos interesses portugueses para o Atlântico.
É neste contexto que D. João II vai criar, em 1549, o primeiro Governo-geral do Brasil, nomeando Tomé de Sousa governador com poderes políticos e militares sobre todas as capitanias.
Na mesma altura, é fixada a primeira capital do Brasil na cidade S. Salvador da Baía.
As características do clima e dos solos permitiram a introdução da cana-de-açúcar, que passou rapidamente a constituir o principal produto do comércio.
OS INTRESSES DOS GRUPOS SOCIAIS
Depois de assinar a paz com Castela em 1411, Portugal pôde finalmente virar-se paraa a resolução dos seus problemas sociais e económicos. O país desejava superar a crise do século anterior, mas faltavam, metais perciosos, cereais, matérias-primas e mão-de-obra. Perante as dificuldades, cada grupo social encarava a expanção territorial como uma solução para os seus problemas.
- A Burguesia e parte da Nobreza pretendiam ter acesso às regiões produtoras de cereais, aos locais de origem do ouro africano, das especiarias, do açúcar, das plantas tintureiras e às fontes de abastecimento de escravos. A comunicação directa com os locais de procedência das mercadorias mais rentáveis do comércio europeu contribuiriapara o alargamento dos mercados, para a comercialização de novos produtos e para um aumento considerável dos lucros.
- À Nobreza, despreocupada e ambiciosa, intressava a participação em novas acções e conquistas que lhes permitisse obter honras, cargos e aumento de rendas e senhorios.
- A Igreja considerava um dever contribuir para a difusão da fé cristã, quer fosse pelo enriquecimento dos muçulmanos, ou pela envangelização de outros povos.
- O Povo via na expanção do território a esperança e oportunidade para melhorar as condições de vida, mais ou menos miseráveis, a que estava sujeito.
- Para a Coroa portuguesa, aumentar o território era uma forma de obter afirmação e prestígio internacional para a nova dinastia de Avis. Simultaneamente, permitia-lhes resolver alguns problemas do país, provocados pela baixa demográfica e pelo período de guerra com Castela.
A DESCOBERTA DO BRASIL
A descoberta do Brasil, em 1500, encontra-se envolta em polémica. Apesar de não haver qualquer documento que o confirme, alguns historiadores acreditam que os navegadores portugueses já tinham informações sobre essas terras a ocidente.
A hipótese é levantada como justificação para o facto de D. João II ter insistido, no Tratado de Tordesilhas, em incluir essas paragens na zona de influência portuguesa.
Mas por que razão se manteve segredo?
A existência de uma forte concorrência relativamente á expansão, a política de sigilo - política de segredo relativamente à expansão, seguida por D. João II. O objectivo era esconder dos Espanhóis os conhecimentos e estratégias a seguir - mantida pelos dois países e a prioridade do monarca na descoberta do caminho marítimo para a Índia explicariam o segredo mantido.
Os registos oficiais dizem que D. Manuel enviou para a Índia uma armada saída de Lisboa comandada por Pedro Álvares Cabral de 13 navios, que seguiu a mesma rota da primeira viagem de Vasco da Gama, com destino à Índia.
Durante a viagem alguns navios "perderam-se".
Contudo por razões desconhecidas, junto a Cabo Verde, a armada desviou-se para Sudoeste e, em Abril de 1500,avistou terra, oficializando a descoberta da Terra de Vera Cruz, primeiro nome dado ao Brasil.
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